“Nu, eu te descobri nu”. Com um refrão dançante e viciante, Assucena apresenta Nu, segundo single do álbum que será lançado nos próximos meses. A canção que começa em tom de “sussurro e mistério”, vai se transformando numa deliciosa cena de encontro entre dois corpos “num quarto onde há pecado e onde há perdão”, até culminar numa balada cheia de batidas, brasilidade e sensualidade. A faixa chega hoje, 03 de março, às plataformas de música (ouça aqui).
Ao completar um ano de carreira solo em novembro último, Assucena lançou o primeiro single de seu primeiro álbum desta nova fase, “Menino Pele Cor de Jambo”. A cantora e compositora conta que, nessas duas primeiras canções do álbum, a luz e a brasilidade sonora se apresentam como elementos fundamentais. ““Menino Pele Cor De Jambo” representa a luz do espaço público; “Nu” nasce como um abajur do privado. Em “Menino”, a contemplação; em “Nu”, a realização”, explica.
Para ela, Nu pode ser entendida como um modo de ver o sexo. “Uma maneira profana e também espiritual de encarar esse encontro potente entre corpos que se desejam para além do pecado e do perdão. Essa canção apresenta um ritual de apreciação da nudez, ao descobri-la num crepúsculo artificial encenado pela meia luz de um abajur. A nudez como o tempero de desejos que se reconhecem possíveis”, detalha.
Mergulhada no processo de produção de seu álbum de estreia da carreira solo, que conta com a produção musical de Pupillo e a direção artística da cantora Céu, Assucena conta que o trabalho criativo de construção da sonoridade de Nu foi muito instigante. “Na etapa de composição, identifiquei-a com um reggae tradicional, mas depois de muitas trocas com Pupillo e com a Céu, que assumiu a direção artística comigo, desnudamos uma canção que apresenta uma brasilidade percussiva que dialoga com o funk, o pop e tantas expressões da nossa música contemporânea”, revela a artista. “Pupillo chegou numa proposta ousada e contemporânea surpreendente. Chorei de alegria quando ouvi!”, exclama.
Depois de seis anos de muitas experiências e conquistas como uma das idealizadoras da banda “As Bahias e a Cozinha Mineira”, incluindo dois Prêmios da Música Brasileira e duas indicações ao Grammy Latino, Assucena iniciou sua carreira solo com o lançamento de dois singles em 2022, antes de mergulhar no processo de produção do álbum: a canção autoral inédita “Parti do Alto”, e uma releitura-homenagem de “Ela”, gravada por Elis Regina há 50 anos.
Paralelamente, a artista estreou no teatro com a peça “Mata teu pai, Ópera-balada”, com texto de Grace Passô e direção de Inez Viana, e com a qual foi indicada ao Prêmio Shell de Teatro 2023 como melhor atriz. Além disso, a cantora e compositora voltou aos palcos no contexto de abertura pós-pandemia com a estreia, há pouco mais de um ano, de “Rio e também posso chorar”. O show, que nasceu como uma homenagem para marcar os 50 anos de lançamento do álbum Fatal – Gal a todo vapor, de Gal Costa, transformou-se em um tributo à artista que mais influenciou sua formação. Apresentando releituras e versões criadas especialmente para o espetáculo, Assucena conta que seguirá com o projeto em reverência à memória de uma das mais importantes cantoras da nossa história.
Com a faixa Nu, Assucena inicia os lançamentos de 2023, ano especial para ela, já que marcará a consolidação de sua carreira solo com o nascimento do primeiro álbum, totalmente autoral. “O álbum nasce de um caminho estético sonoro que conversa com nossa tradição e nossa contemporaneidade para apontar a TRANSformação dos espaços, dos tempos e das ideias”, revela a artista.
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