Fundo JBS pela Amazônia lança projeto capaz de dobrar a renda de pequenos produtores

O Fundo JBS pela Amazônia apresentou uma nova iniciativa de apoio ao pequeno produtor de gado de corte atuante na região amazônica. Em parceria com a empresa Rio Capim Agrossilvipastoril, o programa JUNTOS: Pessoas + Florestas + Pecuária favorece a inclusão do produtor de bezerros e garrotes na transição para a pecuária de baixo carbono. O programa estima mais que dobrar a renda do produtor, considerando toda a propriedade. Nas áreas intensificadas, a rentabilidade pode aumentar em até seis vezes. A proposta também prevê uma cadeia rastreada desde a origem e com compliance ambiental. O primeiro estado a receber o programa será o Pará.

A mais nova iniciativa do Fundo JBS pela Amazônia funciona como fomentadora de negócios que serão parceiros do produtor local. A ideia é ter hubs de negócios deem suporte ao pequeno produtor na reforma de pastagem, no acesso a tecnologias para a melhoria de produtividade, por meio de técnicas agrossilvipastoris, suprindo o mercado com um animal de boa qualidade e de baixo carbono.

“Entendemos que a pecuária de alta produtividade e de baixo carbono é aliada do pequeno produtor e pode ser realizada por eles, desde que haja um apoio consistente na superação das principais barreiras nesse processo. Consideradas as transformações nas demandas de mercado, se nada for feito, eles podem ser pressionados para as margens do setor formal, agravando ainda mais sua vulnerabilidade socioeconômica”, defende Andrea Azevedo, diretora-executiva do Fundo JBS pela Amazônia.

O primeiro modelo do programa JUNTOS, que entrará em vigor imediatamente, vai atrair pequenos produtores da região amazônica interessados em fazer parte de um sistema de recria de gado com alta rentabilidade. A parceria será feita a partir do hub acelerador coordenado pelo Instituto Rio Capim Agrossilvipastoril, que ficará encarregado da cria intensificada do gado, que abarca até o sétimo ou nono mês de vida do animal, e cederá os bezerros rastreados individualmente e com emissão de GTA aos pequenos produtores interessados em fazer a recria. Quando o animal completa um ano, o pequeno produtor recebe o retorno financeiro baseado no ganho de peso conseguido no período. Na fase seguinte, o lote é encaminhado para fazendas de engorda ou finalizados em confinamentos.

Adicionalmente, o hub de negócios intermediará ainda o acesso do pequeno produtor ao sistema de crédito público do Pronaf – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, para reforma de áreas de pasto degradadas ou realização de projetos sustentáveis na propriedade, por exemplo. Em paralelo o Instituto Rio Capim testará um projeto de carbono com o potencial de oferecer menos de 10% da receita do negócio gerado ao pequeno produtor, como renda de crédito de carbono. “Trata-se de um sistema escalável de integração pecuária, replicável com condições de mercado”, explica Valmir Ortega, CEO do Instituto Rio Capim Agrossilvipastoril.

“A estrutura concilia a recuperação da pastagem degradada com a pecuária de qualidade e maior produtividade, endereçando todas os desafios da atividade. Feito isso, os resultados financeiros a médio e longo prazo para o produtor são expressivos, dentro de um sistema de parceira que reposiciona o pequeno produtor na cadeia para uma pecuária mais eficiente no uso da terra”, explica a diretora do Fundo JBS pela Amazônia.

O segundo modelo do programa JUNTOS: Pessoas + Florestas + Pecuária será operado em parceria com a fundação Solidaridad, que atua com o Fundo JBS pela Amazônia desde 2021 na assistência de 1.500 agricultores familiares na região da Transamazônica. O hub de negócios, nesse caso, vai auxiliar na Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), no pacote tecnológico reprodutivo, na compra de insumos, mas também intermediará a implementação de rastreabilidade e a comercialização. Se o pequeno produtor quiser, pode alongar o processo da cria para a recria.

Em todos os formatos, a JBS oferecerá suas estruturas para o atendimento ao pequeno produtor. O projeto terá conexão com os Escritórios Verdes mantidos pela Companhia, que dão assessoria técnica gratuita a quem precisa de regularização ambiental. Também haverá acesso ao programa Fazenda Nota 10, iniciativa da Friboi que visa o aprimoramento da gestão das propriedades.

Metas e planos financeiros
De início, o Fundo JBS vai destinar R$ 10 milhões ao programa JUNTOS: Pessoas + Florestas + Pecuária, com a estimativa de investir até R$ 100 milhões nos próximos dez anos, alavancando mais de R$ 900 milhões entre recursos de Pronaf, comerciais e doações, com diversos tipos de instrumentos financeiros, como fundos de aval e fundos blended finance, por exemplo, que possam ajudar a aumentar a escala nessa fase inicial do projeto.

O Governo do Estado do Pará será um dos parceiros na análise de demandas geradas pelo programa. “Vamos apoiar com um sistema mais rápido de aprovação dos CARs (Cadastro Ambiental Rural) e com o Programa por Serviços Ambientais (PSA) para recuperação de passivos nas pequenas propriedades, além de financiar os primeiros produtores do piloto através do Banpará”, afirma Raul Protázio, subsecretário da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará.

O programa planeja atender mais de 3500 famílias nos principais Estados da Amazônia Legal, começando pelo Pará, com uma área monitorada de mais de 350 mil hectares, com mais de 50 mil hectares de pastagens recuperadas, através do apoio a pequenos produtores na gestão de bovinos de corte e manejo do solo. A expectativa é que, no médio e no longo prazo, os dois modelos propostos pelo JUNTOS do Fundo JBS pela Amazônia virem BAU (Business As Usual), tornando-se independentes e autossustentáveis.

Sobre o Fundo JBS pela Amazônia
O Fundo JBS pela Amazônia é uma organização sem fins lucrativos criada em 2020 para recuperar áreas degradadas e apoiar modelos inclusivos e rentáveis que gerem valor para a floresta em pé. Para alcançar esses resultados, o Fundo trabalha dentro de três grandes eixos de atuação: Cadeias Produtivas em Áreas Abertas, Bioeconomia e Ciência e Tecnologia. Juntos eles alavancam e potencializam a produtividade em áreas degradadas e fortalecem o ecossistema de negócios gerados em torno da floresta em pé. O eixo Ciência e Tecnologia é transversal, e apoia soluções disruptivas e estruturantes capazes de agregar valor aos produtos das florestas e desenvolver conectividade, mobilidade e energia renováveis.

Até setembro de 2023, o Fundo JBS pela Amazônia apoiou 20 projetos com investimentos de R$72,9 milhões comprometidos. Juntas, essas iniciativas beneficiaram mais de 5 mil famílias; conservaram 1,9 milhão de hectares sob manejo melhorado/recuperado; apoiaram o desenvolvimento de 19 pesquisas, fortaleceram 11 cadeias produtivas e destravaram R$2,2 milhões em crédito para negócios da bioeconomia.

Sobre a JBS
A JBS é uma das maiores empresas de alimentos do mundo. Com uma plataforma diversificada por tipos de produtos (aves, suínos, bovinos e ovinos, além de plant-based), a Companhia conta com mais de 270 mil colaboradores, em unidades de produção e escritórios em todos os continentes, em países como Brasil, EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, China, entre outros. No Brasil, a JBS é uma das maiores empregadoras do país, com 151 mil colaboradores. No mundo todo, a JBS oferece um amplo portfólio de marcas reconhecidas pela excelência e inovação: Friboi, Seara, Swift, Pilgrim’s Pride, Moy Park, Primo, Just Bare, entre muitas outras, que chegam todos os dias às mesas de consumidores em 190 países. A empresa investe em negócios correlacionados, como couros, biodiesel, colágeno, higiene pessoal e limpeza, envoltórios naturais, soluções em gestão de resíduos sólidos, reciclagem e transportes, com foco na economia circular. A JBS conduz suas operações priorizando a alta qualidade e a segurança dos alimentos e adota as melhores práticas de sustentabilidade e bem-estar animal em toda sua cadeia de valor, com o propósito de alimentar pessoas ao redor do mundo de maneira cada vez mais sustentável.

https://mediaroom.jbs.com.br

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