O espetáculo “Helena Blavatsky, a voz do silêncio” estreia em São Paulo

Com texto da filósofa Lucia Helena Galvão e encenação de Luiz Antônio Rocha, o monólogo com Beth Zalcman foi visto por mais de 18 mil espectadores em sessões virtuais. Conhecida por confrontar as correntes ortodoxas da ciência, da filosofia e da religião, a visionária Blavatsky influenciou inúmeros pensadores e artistas

Helena Petrovna Blavatsky foi uma das figuras mais notáveis do mundo nas últimas décadas do século 19, tornando-se imprescindível para o pensamento moderno. A vida e obra desta renomada pensadora russa inspirou o monólogo “Helena Blavatsky, a voz do silêncio”, que estreou virtualmente, em 2020, com elogios de artistas e formadores de opinião (veja depoimentos abaixo). Depois de algumas sessões pelo país, o espetáculo inicia sua primeira temporada em São Paulo, a partir de 13 de janeiro, no Teatro B32, novo complexo cultural da capital paulistana, localizado na Avenida Faria Lima. Estrelado por Beth Zalcman (@bethzalcman), sob a direção de Luiz Antonio Rocha (@luiz.antonio.rocha), a montagem mexe com os espectadores ao instigar uma profunda reflexão sobre a busca do homem pelo conhecimento filosófico, espiritual e místico. Este é o primeiro texto teatral da filósofa e poetisa Lucia Helena Galvão (@profluciahelenagalvao), cujas palestras na internet são acompanhadas por milhões de admiradores. Após cada sessão, haverá um bate-papo com a equipe de criação – na estreia, a autora estará presente.

Helena Blavatsky foi, antes de tudo, uma incansável buscadora de sabedoria antiga e atemporal, revolucionando o pensamento humano. Sua vasta obra influenciou cientistas como Einstein e Thomas Edison; escritores como James Joyce, Yeats, Fernando Pessoa, T. S. Elliot; artistas como Mondrian, Paul Klee, Gauguin; músicos como Mahler, Jean Sibelius, Alexander Criabrin; além de inúmeros pensadores, como Christmas Humphreys, C. W. Leadbeater, Annie Besant, Alice Bailey, Rudolf Steiner e Gandhi.

“Considerando que vivemos num período de caos mundial, no qual o fundamentalismo, as tecnologias e as crises políticas e climáticas do planeta invadem nossa dignidade com tanta violência, resgatar os pensamentos de Blavatsky é de extrema importância”, afirma Luiz Antônio Rocha. “Segundo Blavatsky, o universo é dirigido de dentro para fora, pois nenhum movimento ou mudança exterior do homem pode ter lugar no corpo externo se não for provocado por um impulso interno”, completa o diretor.

“Interpretar Helena Petrovna Blavatsky é mergulhar no improvável, no intangível. Nada mais desafiador para uma atriz realizar um texto que demanda extrema sensibilidade, concentração e imaginação, e transporta a plateia para um universo de possibilidades”, define a atriz Beth Zalcman. “Desde o início da minha busca pelo conhecimento através da filosofia, me deparei com pensadores que dedicaram suas vidas a buscar, compilar e transmitir ideias que entrelaçam nossas vidas e compõe parte do que somos. Esta peça é uma forma comovida e contundente para homenagear esta mulher tão especial”, conclui a autora Lucia Helena Galvão, professora voluntária de filosofia na organização Nova Acrópole do Brasil há mais de 30 anos.

O monólogo retoma a parceria entre a atriz Beth Zalcman e o encenador Luiz Antônio Rocha, depois do sucesso da peça “Brimas”, pelo qual a atriz foi indicada ao prêmio Shell de melhor texto. A encenação propõe uma dramaturgia inspirada no conceito desenvolvido pelo artista Leonardo Da Vinci em suas obras, conhecido como “sfumato”. Da Vinci descreveu a técnica como: “sem linhas ou fronteiras, na forma de fumaça ou para além do plano de foco”.  A montagem procura nos levar do irreal ao real, das ilusões à verdade espiritual, da ignorância à sabedoria que ilumina o propósito da existência. O ponto de partida para a direção de arte, cenário e figurinos foram baseados em algumas pinturas do artista impressionista Édouard Manet que traduz com beleza a solidão deste último instante de vida de Helena.

Sinopse – “Helena Blavatsky, a voz do silêncio”
A luz da vela ilumina o cenário e revela um lugar simples no frio de Londres no final do séc. 19. É um recorte do quarto de Helena Blavatsky, que se encontra sozinha, no seu último dia de vida. Ela revisita suas memórias, seu vasto conhecimento adquirido pelos quatro cantos do mundo, se depara com a força do comprometimento com sua missão de vida e as consequências de suas escolhas. Relembra sua forte ligação com a Índia e seu encontro, em Londres, com Gandhi. “Helena Blavatsky, a voz do silêncio”, é um mergulho no universo que existe dentro de nós.

Depoimentos sobre o espetáculo
“Fiquei impactada e muito emocionada com esse espetáculo inspirador. Mesmo sendo por transmissão online, a força do teatro estava presente. Espetáculo imprescindível, necessário, mais do que nunca nesse momento tão delicado. Encontrar essa luz que vocês acendem em cada um de nós é fundamental para que o ser humano encontre o caminho de volta, o caminho do crescimento para o processo evolutivo do verdadeiro amor. As palavras de Blavatsky ditas por vocês, atriz, texto, direção… tocam a nossa mente e o nosso coração para o despertar da consciência desse novo tempo” – Beth Goulart (atriz).

“Linda a integração Helena Blavatsky/Beth Zalcman no palco. Onde começa o amor de uma, o amor de outra, difícil dizer. Estão amalgamadas. A gente entende e admira a dimensão do trabalho de Blavatsky, na entrega de corpo e alma de Zalcman. Lindo de ver.” – Clarice Niskier, atriz

“Exuberante, traz a possibilidade de um vislumbre do Himalaia espiritual, uma delicadeza de sentimentos. O texto e a atriz transportam a gente para voos onde é possível enxergar os silêncios da alma. Esse trabalho é essencial num momento tão embrutecido” – Bruna Lombardi, atriz e escritora

“Uma peça com qualidades ímpares, uma grande personagem para uma grande atriz, uma direção delicada e um texto arrebatador, mesmo para os que nunca ouviram falar ou desconhecem a história” – Caio de Andrade, autor e diretor de teatro

“A arte salva, não é?! Como diria o querido Ferreira Gullar, a vida não basta apenas, se não fosse a arte, seria mais difícil! O bonito no trabalho de vocês, em meio a essa pandemia, é mostrar que a resistência não vem através do radicalismo, mas do valor à vida. E a vida, sobretudo, se manifesta através da arte” – Carlos Vereza, ator

“Grandiosa e comovente a interpretação de Beth Zalcman. Cada palavra é legitimada pelo gesto, pela presença espiritual. A encenação de Luiz Antônio Rocha é de uma sensibilidade admirável. Não é a câmera que produz o close, é a personagem que se aproxima do interlocutor. O texto da professora Lúcia Helena é primoroso, construído de forma a privilegiar na medida correta tudo o que é relevante na história da personagem” – Paulo Figueiredo, ator.

Sobre o Teatro B32
Distinto de grande parte das salas de espetáculo, introspectivas e fechadas em si, o Teatro B32 tem um projeto pensado para se relacionar de forma transparente e integrada com a cidade. Uma grande fachada de vidro no fundo do palco descortina a paisagem urbana para a plateia, ao mesmo tempo em que revela o interior da sala para o público externo. A plateia, inteiramente modular, permite que as poltronas sejam armazenadas sob o piso em poucos minutos, através do sistema automático Gala Venue, único na América Latina. Assim, o teatro comporta até 490 pessoas sentadas, na configuração de auditório, e até 900 pessoas em pé, no modelo de casa de shows. A versatilidade se estende à programação, com espaço para os mais diversos gêneros artísticos e para todas as idades e públicos. Do lado externo, o B32 está integrado a uma praça com uma escultura em formato de baleia, com 6 metros de altura por 20 metros de cumprimento, e uma fonte. O paisagismo do empreendimento é de Tom Basley. O térreo do teatro se configura como uma extensão coberta da praça, convidando as pessoas a usufruírem de todo o espaço público ao redor, numa concepção de uma arquitetura sem muros, um manifesto por um novo urbanismo para São Paulo.

Ficha técnica:
Texto original: Lucia Helena Galvão
Interpretação: Beth Zalcman
Encenação: Luiz Antônio Rocha
Cenário e Figurinos: Eduardo Albini
Iluminação: Ricardo Fujji
Assistente de Direção: Ilona Wirth
Visagismo: Mona Magalhães
Fotos: Daniel Castro
Consultoria de movimento (gestos): Toninho Lobo
Operador Técnico: Toninho Lobo
Operador de luz: Gabriel Oliveira
Assessoria de Imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
Marketing Digital: Reação Web
Idealização e Produção: Beth Zalcman e Luiz Antônio Rocha
Parceria: Organização Internacional Nova Acrópole do Brasil
Realização: Teatro em Conserva / Espaço Cênico Produções Artísticas e Mímica em Trânsito Produções Artísticas.

 

Serviço:
Helena Blavatsky, a voz do silêncio
Monólogo teatral inspirado na trajetória e na obra da escritora russa Helena Blavatsky
Temporada: De 13 de janeiro a 5 de fevereiro de 2023
Teatro B32: Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.732 – Itaim Bibi, São Paulo – SP
Telefone: (11) 3058-9100
Dias e horários: sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h. Não haverá sessão nos dias 20 de janeiro e 3 de fevereiro. Após cada sessão, haverá um bate-papo com a equipe de criação – na estreia, a autora Lucia Helena Galvão estará presente.
Duração: 1h.
Horário de funcionamento da bilheteria: De terça a sexta, das 13h às 20h.
Vendas online AQUI
Classificação etária: 14 anos

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