Para revisitar CINDERELA sem cair na mesmice e ao mesmo tempo manter a história desse clássico conto de fadas, o diretor Isser Korik optou por preservar o conteúdo e trabalhar com o formato e a linguagem. O espetáculo – que estreou em abril – retoma temporada no TEATRO UOL de 14 de outubro a 26 de novembro, aos sábados e domingos às 16 horas. Em cena, dois atores interpretam onze personagens. Ian Soffredini e Michelle Zampieri, em ritmo dinâmico, entram e saem do palco, como uma bela e delicada moça, como um rei bonachão, como frágeis ratinhos, como megeras, como príncipe, como fada, e assim por diante. A agilidade da dupla provoca surpresa e encanta o público.
Para compor seus personagens, os atores se valem de mudanças de voz e uma refinada linguagem corporal, resultado de um profundo estudo e preparo técnico. “A ênfase na composição dos atores para cada personagem e sua preparação técnica é a chave do espetáculo. Ter apenas dois atores em cena é dinâmico. Isso desperta a curiosidade das crianças”, acredita Isser. As mudanças rápidas de papéis e a habilidade dos atores na composição dos personagens surpreendem o público jovem e adulto. As crianças acompanham as transformações dos atores e são justamente fisgadas e encantadas por elas. A partir da segunda cena, no entanto, ninguém mais lembra que o elenco é formado por apenas duas pessoas, ao assistirem Michele e Ian se multiplicando no palco. O ágil vaivém de muitos personagens exige dos atores um vasto repertório de vozes, linguagens corporais, jeitos e trejeitos que dão a graça e o diferencial de cada figura em cena. A precisão na troca dos figurinos é fundamental para imprimir com qualidade a velocidade exigida pelo encenador na montagem.
Michele Zampieri explica que é preciso “habilidade e cuidado na hora de encarnar e desencarnar papéis para não confundir o espectador”. Ian acrescenta que essa mudança significa “uma troca energética, e não apenas uma mudança no figurino”. Para compor os vários tipos interpretados, Ian Soffredini buscou referências pessoais, se apropriando de características de amigos e familiares. “Sotaques locais também inspiraram na criação dos variados papeis, como a modo de falar típico do paulistano morador de Higienópolis e Bom Retiro.
O desafio de interpretar vários personagens é que cada um tem seu ritmo, sua forma de pensar e reagir. Trazer essas nuances de cada é o nosso desafio”, diz Ian. Michele conta que brincou com referências colhidas em sua atuação como dubladora, para compor suas personagens. “O desafio maior foi ampliar tudo isso e vestir no personagem com a agilidade para rápidas mudanças de voz e físico de cada tipo, assim como mantê-los únicos e fiéis até a próxima troca”. Vale destacar o toque moderno na encenação. Um exemplo é a mimada Anastácia, irmã postiça de Cinderela, que tem um jeito enjoado de se expressar, usando termos típicos de adolescentes, de forma caricatural. Tais aspectos fazem desse Cinderela um espetáculo único: sutil, dinâmico e muito bem-humorado.
Sobre o diretor Isser Korik
Ator, diretor, dramaturgo e produtor, Isser Korik tem 38 anos de carreira no teatro. Atuou em espetáculos, dirigido por C. A. Soffredini (“Na Carrêra do Divino”, “De Onde Vem o Verão”), Iacov Hillel (“O Dia que Raptaram o Papa”), Roberto Lage (“E o Vento Não Levou e “Toda Donzela tem um Pai que é uma Fera”) e Otávio Martins (“Divórcio!”). Permaneceu em cartaz por oito anos com a peça “Vacalhau & Binho”, que rendeu a sequência, “Vacalhau & Binho 2 – Curso Abançado”. Escreveu e traduziu dezesseis textos teatrais, o que lhe rendeu o Prêmio APCA de revelação como autor e diretor por Ele é Fogo! Em 2005 concebeu o projeto de comédia teatral Nunca se Sábado que movimentou a cena teatral paulistana, com a participação de Lilia Cabral, Selton Melo, Caco Ciocler, Paola Oliveira, entre mais de 70 convidados. Produziu Equus de Peter Shaffer (2012) e Um Violinista no Telhado, de Stein, Sheldon & Harnick, com direção de Moeller e Botelho (2012). Já dirigiu mais de 40 espetáculos teatrais e entre os quase 300 atores que já dirigiu estão Sérgio Mamberti, Suely Franco, Samara Felippo, Elídio Sanna, Tânia Khalill, Jair Oliveira, Paloma Bernardi e Juliana Alves, Carolina Ferraz, Bruce Gomlevsky, Emiliano D´Ávila, André Mattos, Leonardo Miggiorin, Eliete Cigaarini, Otávio Martins, André Garolli, Leandro Lima, Bianca Rinaldi, Sylvio Zilber, Lilian Blanc e Ricardo Tozzi. É diretor artístico da Conteúdo Teatral e do Teatro UOL.
Sobre os atores
Ian Soffredini – Ator, diretor, dramaturgo e produtor teatral, Ian Soffredini atua na área teatral desde 2006, participando em mais de quarenta produções teatrais apresentadas em diversos estados do país. Entre elas: Revistando 2006 (de Mário Viana e Fábio Torres), Minha Nossa! (de Carlos Alberto Soffredini), Nunca se Sábado (de Mário Viana, Fábio Torres, Luiz Henrique Romagnolli, Laert Sarrumor e Isser Korik), A Minha Primeira Vez (de Ken Davenport), Cyrano de Bergerac (de Edmond Rostand), e Bela Adormecida (de Fábio Brandi Torres). Atuou na Inglaterra nos espetáculos “Further then the Furtherest Thing” e “Gut Girls”. aprofundando seus conhecimentos na área em diversos cursos como Academy of Creative Training, de Brighton, Academy of Live and Recorded Arts e Arts Educational School London, em Londres; por meio da qual foi credenciado ator pela City University London. Em 2017 produziu o espetáculo “Rompante!” onde atuou sob a direção de Rhena de Faria. Também dirigiu e compôs o elenco do espetáculo de improviso “Não tem Xícara”. No Ano de 2019 dirigiu seu primeiro infantil “O Pequeno Príncipe”. Durante a pandemia de Covid 19 dirigiu o espetáculo online “Novo e Normal”, no formato online, encenado por por Sérgio Mamberti, Suely Franco, Samara Felippo, Elídio Sanna, Tânia Khalill, Jair Oliveira, Paloma Bernardi e Juliana Alves. Em 2022 escreveu e dirigiu o infantil “Histórias de Tia Nastácia”. É diretor permanente dos grupos Teatros dos Sonhos e Jogo da Cena.
Michelle Zampieri – Atriz, cantora e dubladora com sólida trajetória de 14 anos nos estúdios de dublagem e quase 20 anos nos palcos de teatro. Formada pela Escola de Atores Wolf Maya, em São Paulo, trabalhou nas peças “Nos Embalos da Jovem Guarda Show”, de Marllos Silva; “Carlos Gomes – Sangue Selvagem”, de José Renato; “Curto Circuito”, de Pablo Diego e “A Bela Adormecida”. Participou do musical “Cocoricó”, da Chaim Produções e TV Cultura e tem uma longa lista de trabalhos de voz, a Princesa Helena Helena de Avalor”, é um de seus papéis principais na dublagem, diversos animes, como Dragon Ball, desenhos consagrados como “Monster High”, séries da Disney como “Sou Luna” dublando a icônica Jazmín e do lado mais adulto e dramático, dublou atrizes consagradas como Natalie Portman, Rooney Mara, além de diversas telenovelas internacionais adaptadas ao Brasil.
Ficha Técnica – Elenco: Ian Soffredini e Michelle Zampieri. Camareira: Alana Bortolini. Figurinos e adereços: Inês Sacay. Produção: Will Siqueira. Preparação Corporal: Vanessa Guillén. Preparação Vocal: Madalena Bernardes. Trilha Sonora: Wagner Bernardes. Assistência de Direção: Eduardo Leão. Cenário: Sidnei Caria. Iluminação e Direção Geral: Isser Korik. Duração: 60 minutos. Classificação etária: a partir de 3 anos. Patrocínio: Dasa Hospital 9 de Julho e Lavoisier Laboratório e Imagem.
Serviço –
De 14 de outubro até 26 de novembro – sábados e domingos, 16h
TEATRO UOL – Shopping Pátio Higienópolis
Av. Higienópolis, 618 / Terraço
Vendas online: www.teatrouol.com.br
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